- ó mãe, (que é assim que nos chamam), vai haver festa de carnaval! Os meninos têm de vir mascarados! E a mãe também!! (Risos!)
- ... Ah! Pois... Terei de ver...
- OH! Para a mãe é fácil! É actiz!
- ... (Bolas!)
- E não esquecemos quando veio de bruxa! Estava irreconhecível! Como será que vem este ano?
A fasquia estava tão alta que fiquei sem opção: tinha de levar isto a sério!
O Tomé foi de palhaço - um lindo palhaço! Era difícil arranjar uma fatiota que estivesse à altura, mas lá me ocorreu:
Vou de banana! - Pareceu-me lógico!
E fui! E o meu sucesso foi medido, não em palmas, mas em trincas das crianças que me queriam morder a ver se era verdadeira!
O que me valeu foi o meu palhacinho que me defendeu como um verdadeiro guarda-costas (se é que as bananas têm costas). Ele bem insistia:
- Deixa a minha mãe!
Não sei se conseguem imaginar a cena... Um palhaço a dizer isto de uma banana...
Eu temi pelo meu filho... Será que o traumatizo?
Mas o momento alto da tarde, já depois de sairmos da festa e irmos todos contentes no carro (eu de banana a conduzir) foi quando me disse:
- mãe...
- sim?
- és uma banana!
- pois sou, filho!
- eu também não!
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